quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Talvez um dia perceba como as ondas se foram inundadas de sal. O carinho do mar, chuta para longe o medo que a areia sente em caminhar sozinha. Assim como a segurança que me dás sempre que o teu carinho nos envolve num mar só nosso. Um mar de palavras que nos formam e transformam. Se calhar, também eu não sei explicar a vida que somos capazes de dar às nossas ondas. Aos ecos profundos que se fazem ouvir por entre sorrisos em concha, que nos pertencem. A nós. É algo precioso a que tenho acesso até de olhos fechados.Para que sejas, para sempre, a imagem de um reflexo bonito e (não) desfigurado. Que permanece e é capaz de originar coisas tão (ou mais) fortes que ondas.



Fotografia: Açores 2007

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