sábado, 13 de outubro de 2007

Somos o oposto psicológico. O perfeito contraste entre escuro e claro. Tu és a noite e eu sou o dia. Quando apareceste na minha vida, olhei para ti e não previ mais do que algo. Eramos algo. Combinámos palavras e jogámos com histórias de vida. Um olhar vale mais que mil palavras, disseste-me. Eu não notei sequer que esse breve olhar pudesse dizer alguma coisa. Mas aqui dentro algo se descontrolava, se tornava confuso e inquietante, tão sufocante! Ninguém percebia, nem mesmo eu. Entrei na tua vida, no profundo dos teus problemas e medos e passei a senti-los como meus. Aí apercebi-me que te estava a sentir. Oh, estava tão loucamente a sentir-te! Fazias falta naquele lugar, àquela hora e, os meus olhos procuravam por ti em todos os lugares, por dentro de todos os instantes. Quis puxar-te, tive medo, não sabia se tinha algo para ti. Algo que te trouxesse de novo à vida, te fizesse sorrir, me fizesse sorrir. Juro, foram as palavras. Aquelas que me disseste, e até mesmo aquele olhar que tanto me falou. Arrisquei. Mergulhei na noite, no teu ser, e naquele momento agarrei-te e beijei. Tenho tanto para te dar que a vida não chega. Por vezes sinto uma insegurança tão grande que me apetece colocar a cabeça no teu peito, cerrar as unhas na tua carne, prender-te no meu abraço e gritar para dentro de ti: Não vás. Fica para sempre. E eu sinto que quero sempre mais, melhor, perfeição. E assusto-te. Porque estou assustada. Complico o que é simples, eu sei. Serás capaz de carregar todos os meus defeitos?! Um dia disseste-me que era perfeita, não meu amor, sou tão imperfeita! Tenho tantos medos que mais pareço uma criança pequena. Uma criança pequena que descobrira o amor. O seu grande amor.

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