domingo, 16 de setembro de 2007

04:00 da manhã
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Palavras cortadas, assim ficaram. Não nos despedimos, mais uma vez.
Em silêncio, olhei o tecto, afastei os lençois que me enrolavam entre eles, observei uma luz fraca vinda da porta.Apercebi-me que naqueles minutos, ou mesmo horas (o meu tarifário é excelente!) sorri, fui feliz. Enquanto estiveste ali, foste tudo. Depois, depois um vazio enorme. Um buraco sem fundo. Um pedido de socorro que tu não ouves. As palavras agora sem forma, sem cor, completamente iguais. Um ponto final em vez de um beijo.Apercebi-me que nem tanto mudou, continuo a ter-te apenas por momentos, mesmo quando julgo que estamos sempre juntos, em pensamento.O bom momento estava a acabar, senti-te cada vez mais longe.Já não espero resposta às mensagens.Já não espero mais do que aquilo que tenho. Não existe esperança, existe consciência que eternidade só em contos de fada.Aquele mundo meu e teu, só nosso, evapora-se em segundos.Eu páro e penso:
Nem tudo o que nos ata nos pode prender.Tu não entendes,
é como se eu tivesse a desistir aos poucos
e tudo o que eu precisasse fosse os teus braços, onde pudesse ficar, para sempre.
Mas tu não entendes... que tudo o que começa tem fim.

O amor também enfraquece, quebraquando do outro lado não há força.

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